Seja Bem-Vindo!

Era uma vez um homem que se achava o mais sem sorte do mundo e, num sonho, viu que a única solução era procurar o Criador no fim do mundo. Saiu, então, correndo à procura do Criador.

Ao passar pela floresta, ouviu o grunhido de um lobo doente e enfraquecido, que estava caído e lhe pedia ajuda.
- Agora não posso, pois tenho uma longa jornada até o fim do mundo, aonde vou me encontrar com o Criador - respondeu o homem apressadamente.

 O pobre lobo pediu então que ele falasse com o Criador e lhe pedisse a sua cura. O homem se comprometeu e continuando a correr, tropeçou na raiz exposta de uma grande e velha árvore, já quase sem folhas, que lhe disse:
- Meu nobre senhor, me ajude, estou morrendo, enfraquecida. Por favor, jogue um pouco de terra sobre minhas raízes expostas!

O homem respondeu:
- Infelizmente agora, não posso, pois estou indo encontrar o Criador que fica no fim do mundo.
- Peça, então, ao Criador por mim. Diga-lhe como estou e como posso me curar desse sofrimento.

O homem virou as costas e depois de muito correr, chegou a um vale muito florido, com flores de todas as cores e perfumes. Mas ele não reparou. Chegou até uma casa e na frente da casa estava uma jovem muito bonita que o convidou a entrar.

Eles conversaram longamente e de repente se levantou dizendo que não podia perder tempo e quando já estava saindo ela lhe pediu um favor:
- Você que vai procurar o Criador, podia perguntar uma coisa para mim? É que de vez em quando sinto um vazio no peito, que não tem motivo nem explicação. Gostaria de saber o que é e o que posso fazer por isto.

O homem prometeu que perguntaria e, depois de muito caminhar, chegou finalmente ao fim do mundo. Sentou-se e ficou esperando até que ouviu a voz do Criador chamando-o.

O homem falou-lhe então sobre a sua triste vida e sua imensa falta de sorte e o Criador lhe disse:
- Sua sorte está há muito tempo no mundo. Basta ficar atento que você vai encontrá-la.

Quando já estava indo embora, o Criador lhe perguntou:
- Você não tem que levar uma resposta para uma árvore, para um lobo e para uma jovem?
- Tem razão, Senhor.

Depois de escutar o que o Criador tinha para lhe dizer, correu mais rápido que o vento até que chegou à casa da jovem que, ao vê-lo passar, chamou:
- Ei! Você conseguiu encontrar o Criador?
- Sim! Claro! O Criador disse que minha sorte está há muito tempo no mundo. Só preciso ficar atento!
- E quanto a mim, você teve a chance de fazer a minha pergunta?
- Ah! O Criador disse que, o que você sente, é solidão. Assim que encontrar um companheiro vai ser completamente feliz, e mais feliz ainda vai ser o seu companheiro.

A jovem então abriu um sorriso e perguntou ao homem se ele queria ser este companheiro.
- Claro que não. Já trouxe a sua resposta. Não posso ficar aqui perdendo tempo com você, pois tenho que encontrar minha sorte. Adeus!

 Virando as costas, correu até a floresta onde estava a árvore. Ela perguntou se trazia a resposta do Criador, e o homem respondeu:
- Tenho muita pressa e vou ser breve, pois estou indo em busca de minha sorte. O Criador disse que você tem embaixo de suas raízes uma caixa de ferro cheia de moedas de ouro. O ferro desta caixa está corroendo suas raízes. Se você cavar e tirar este tesouro daí, vai terminar todo o seu sofrimento e você poderá virar uma árvore saudável novamente.
- Por favor! Faça isso por mim! Você pode ficar com o tesouro. Ele não serve para mim. Eu só quero de novo minha força e energia.

O homem respondeu furioso:
- Já lhe trouxe a resposta. Agora resolva o seu problema. Preciso procurar a minha sorte e eu não posso perder tempo aqui conversando com você, muito menos sujando minhas mãos na terra.

 Virando as costas, atravessou a floresta mais rápido do que antes, e chegou aonde estava o lobo, mais magro ainda e mais fraco. O homem falou-lhe apressadamente:
 - O Criador mandou lhe falar que você não está doente. O que você tem é fome. Está morrendo  de inanição, e como não tem mais forças para sair e caçar, vai morrer aí mesmo. A não ser que passe por aqui uma criatura bastante estúpida, e você consiga devorá-la.

Nesse momento, os olhos do lobo se encheram de um brilho estranho e, reunindo o restante de suas forças, deu um salto e devorou o homem 'sem sorte'...

***
Autor Desconhecido 



  Instruções do Espíritos
A caridade material e a caridade moral

Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos nos fizessem eles.” Toda a religião, toda a moral se acham encerradas nestes dois preceitos. Se fossem observados nesse mundo, todos seríeis felizes: não mais aí ódios, nem ressentimentos. Direi ainda: não mais pobreza, porquanto, do supérfluo da mesa de cada rico, muitos pobres se alimentariam e não mais veríeis, nos quarteirões sombrios onde habitei durante a minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças a quem tudo faltava.
Ricos! pensai nisto um pouco. Auxiliai os infelizes o melhor que puderdes. Dai, para que Deus, um dia, vos retribua o bem que houverdes feito, para que tenhais, ao saírdes do vosso invólucro terreno, um cortejo de Espíritos agradecidos, a receber-vos no limiar de um mundo mais ditoso.
Se pudésseis saber da alegria que experimentei ao encontrar no Além aqueles a quem, na minha última existência, me fora dado servir!...
Amai, portanto, o vosso próximo; amai-o como a vós mesmos, pois já sabeis, agora, que, repelindo um desgraçado, estareis, quiçá, afastando de vós um irmão, um pai, um amigo vosso de outrora. Se assim for, de que desespero não vos sentireis presa, ao reconhecê-lo no mundo dos Espíritos!
Desejo compreendais bem o que seja a caridade moral, que todos podem praticar, que nada custa, materialmente falando, porém, que é a mais difícil de exercer-se.
A caridade moral consiste em se suportarem umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados. Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se, deixando fale outro mais tolo do que ele. É um gênero de caridade isso. Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mau proceder de outrem é caridade moral.
Essa caridade, no entanto, não deve obstar à outra. Tende, porém, cuidado, principalmente em não tratar com desprezo o vosso semelhante. Lembrai-vos de tudo o que já vos tenho dito: Tende presente sempre que, repelindo um pobre, talvez repilais um Espírito que vos foi caro e que, no momento, se encontra em posição inferior à vossa. Encontrei aqui um dos pobres da Terra, a quem, por felicidade, eu pudera auxiliar algumas vezes, e ao qual, a meu turno, tenho agora de implorar auxílio.
Lembrai-vos de que Jesus disse que todos somos irmãos e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o leproso ou o mendigo. Adeus: pensai nos que sofrem e orai. Irmã Rosália. (Paris, 1860.) 


 *** 

"Fora da Caridade não há salvação." Quando falamos de caridade muitos pensam a respeito de doar coisas materiais. Mas e aqueles que não tem nem para si proprios, não serão salvos por não ter o que doar?
Além da caridade material, há a caridade moral tão importante quanto a material, da qual qualquer pessoa independentemente de posição social pode ter com o próximo. 
A caridade moral como nos explica Irmã Rosália "consiste em se suportarem umas às outras as criaturas", ou seja em ter respeito com o próximo, orar por aquele que ainda não "despertou" para os compromissos com ele próprio. Ser indulgente com o próximo.
Além de ser uma caridade com o próximo, é uma caridade a nós mesmos que estaremos praticando a paciência, o amor ao próximo, a indulgência.

Além disso esse capítulo do Evangelho, nos adverte: "Não saiba a vossa mão esquerda o que dê a vossa mão direita." Ou seja, a caridade de coração, pura é a que vale, muitos praticam a caridade porém a praticam de forma errônea, saem a espalhar aos quatro cantos "Eu ajudei!" "Só conseguimos tal coisa porque EU divulguei" " EU doei pra fulano" "Se fulano está bem foi porque EU ajudei".
Caridade assim não é caridade... é algo feito apenas para envaidecer, é ao mesmo tempo um paradoxo... a caridade e o egoísmo.

Sejamos caridosos, benevolentes, mas jamais por egoísmo. Pratiquemos a caridade PURA e VERDADEIRA!

Autoria: Brasil Espírita





Eu nunca me esquecerei que um dia havia lido num jornal acerca de um suicídio terrível, que me impactou: um homem jogou-se sobre a linha férrea, sob os vagões da locomotiva e foi triturado. E o jornal, com todo o estardalhaço, contava a tragédia, dizendo que aquele era um pai de dez filhos, um operário modesto.

Aquilo me impressionou tanto que resolvi orar por esse homem.
Tenho uma cadernetinha para anotar nomes de pessoas necessitadas. Eu vou orando por elas e, de vez em quando, digo: se este aqui já evoluiu, vou dar o seu lugar para outro; não posso fazer mais.
Assim, coloquei-lhe o nome na minha caderneta de preces especiais - as preces que faço pela madrugada. Da minha janela eu vejo uma estrela e acompanho o seu ciclo; então, fico orando, olhando para ela, conversando. Somos muito amigos, já faz muitos anos. Ela é paciente, sempre aparece no mesmo lugar e desaparece no outro.
Comecei a orar por esse homem desconhecido. Fazia a minha prece, intercedia, dava uma de advogado, e dizia: Meu Jesus, quem se mata (como dizia minha mãe) "não está com o juízo no lugar". Vai ver que ele nem quis se matar; foram as circunstâncias. Orava e pedia, dedicando-lhe mais de cinco minutos (e eu tenho uma fila bem grande), mas esse era especial.
Passaram-se quase quinze anos e eu orando por ele diariamente, onde quer que estivesse.
Um dia, eu tive um problema que me fez sofrer muito. Nessa noite cheguei à janela para conversar com a minha estrela e não pude orar. Não estava em condições de interceder pelos outros. Encontrava-me com uma grande vontade de chorar; mas, sou muito difícil de fazê-lo por fora, aprendi a chorar por dentro. Fico aflito, experimento a dor, e as lágrimas não saem. (Eu tenho uma grande inveja de quem chora aquelas lágrimas enormes, volumosas, que não consigo verter).
Daí a pouco a emoção foi-me tomando e, quando me dei conta, chorava.
Nesse ínterim, entrou um Espírito e me perguntou:
- Por que você está chorando?
- Ah! Meu irmão - respondi - hoje estou com muita vontade de chorar, porque sofro um problema grave e, como não tenho a quem me queixar, porquanto eu vivo para consolar os outros, não lhes posso contar os meus sofrimentos. Além do mais, não tenho esse direito; aprendi a não reclamar e não me estou queixando.
O Espírito retrucou:
- Divaldo, e seu eu lhe pedir para que você não chore, o que é que você fará?
- Hoje nem me peça. Porque é o único dia que eu consegui fazê-lo. Deixe-me chorar!
- Não faça isto - pediu. - Se você chorar eu também chorarei muito.
- Mas por que você vai chorar? - perguntei-lhe.
- Porque eu gosto muito de você. Eu amo muito a você e amo por amor.
Como é natural, fiquei muito contente com o que ele me dizia.
- Você me inspira muita ternura - prosseguiu - e o amo por gratidão. Há muitos anos eu me joguei embaixo das rodas de um trem. E não há como definir a sensação da eterna tragédia. Eu ouvia o trem apitar, via-o crescer ao meu encontro e sentia-lhe as rodas me triturando, sem terminar nunca e sem nunca morrer. Quando acabava de passar, quando eu ia respirar, escutava o apito e começava tudo outra vez, eternamente. Até que um dia escutei alguém chamar pelo meu nome. Fê-lo com tanto amor, que aquilo me aliviou por um segundo, pois o sofrimento logo voltou. Mais tarde, novamente, ouvi alguém chamar por mim. Passei a ter interregnos em que alguém me chamava, eu conseguia respirar, para aguentar aquele morrer que nunca morria e não sei lhe dizer o tempo que passou. Transcorreu muito tempo mesmo, até o momento em que deixei de ouvir o apito do trem, para escutar a pessoa que me chamava. Dei-me conta, então, que a morte não me matara e que alguém pedia a Deus por mim. Lembrei-me de Deus, de minha mãe, que já havia morrido. Comecei a refletir que eu não tinha o direito de ter feito aquilo, passei a ouvir alguém dizendo: "Ele não fez por mal. Ele não quis matar-se." Até que um dia esta força foi tão grande que me atraiu; aí eu vi você nesta janela, chamando por mim.
- Eu perguntei - continuou o Espírito - quem é? Quem está pedindo a Deus por mim, com tanto carinho, com tanta misericórdia? Mamãe surgiu e esclareceu-me:
- É uma alma que ora pelos desgraçados.
- Comovi-me, chorei muito e a partir daí passei a vir aqui, sempre que você me chamava pelo nome.
(Note que eu nunca o vira, face às diferenças vibratórias.)
- Quando adquiri a consciência total - prosseguiu ele - já se haviam passado mais de catorze anos. Lembrei-me de minha família e fui à minha casa. Encontrei a esposa blasfemando, injuriando-me: "- Aquele desgraçado desertou, reduzindo-nos à mais terrível miséria. A minha filha é hoje uma perdida, porque não teve comida e nem paz e foi-se vender para tê-los. Meu filho é um bandido, porque teve um pai egoísta, que se matou para não enfrentar a responsabilidade.
Deixando-nos, ele nos reduziu a esse estado."
- Senti-lhe o ódio terrível. Depois, fui atraído à minha filha, num destes lugares miseráveis, onde ela estava exposta como mercadoria. Fui visitar meu filho na cadeia.
- Divaldo - falou-me emocionado - aí eu comecei a somar às "dores físicas" a dor moral, dos danos que o meu suicídio trouxe. Porque o suicida não responde só pelo gesto, pelo ato da autodestruição, mas, também, por toda uma onda de efeitos que decorrem do seu ato insensato, sendo tudo isto lançado a seu débito na lei de responsabilidades. Além de você, mais ninguém orava, ninguém tinha dó de mim, só você, um estranho. Então hoje, que você está sofrendo, eu lhe venho pedir: em nome de todos nós, os infelizes, não sofra! Porque se você entristecer, o que será de nós, os que somos permanentemente tristes? Se você agora chora, que será de nós, que estamos aprendendo a sorrir com a sua alegria? Você não tem o direito de sofrer, pelo menos por nós, e por amor a nós, não sofra mais.
Aproximou-se, me deu um abraço, encostou a cabeça no meu ombro e chorou demoradamente. Doridamente, ele chorou.
Igualmente emocionado, falei-lhe:
- Perdoe-me, mas eu não esperava comovê-lo.
- São lágrimas de felicidade. Pela primeira vez, eu sou feliz, porque agora eu me posso reabilitar. Estou aprendendo a consolar alguém. E a primeira pessoa a quem eu consolo é você.

Atualmente muito se tem falado a respeito do "desapegar", vemos isso até no meio publicitário. Mas essa palavra tem um forte significado e iremos entender um pouco sobre ele e a importância na nossa vida.


Para primeiro falar do Desapego, vamos falar do Apego.


Segundo o dicionário Aurélio, Apego: 1. Empenho, aferro. 2. Afeição acentuada a alguém ou a algo.
Deus deu o sentimento do apego para a própria sobrevivência do Homem, se esse não tivesse apego a sua vida, não se protegeria, não lutaria pela vida e pelo seus.
O sentimento de apego é de extrema importância ao Homem, imagine o que seria de nós se não tivermos apego ao nosso corpo no caso de cuidar da saúde, apego aos filhos, a família, ao nosso lar. O problema está no excesso!

Pessoas perdem saúde atrás do dinheiro, da ostentação; Outras perdem a vida, através da vaidade excessiva, outros se tornam hipocondríacos de tanto apego a saúde, ao passado, ao presente,... e por aí vai.
Há quem diga que dinheiro, vaidade, saúde tudo é bom e normal. Sim, dinheiro temos que ter, quem não quer ter uma vida confortável? Quem não quer evoluir e dar o melhor à sua família? A maioria. Mas isso se torna um problema quando queremos e queremos e nunca estamos satisfeitos, quando temos um apego extremo pelo dinheiro e a luxuria, damos maior valor ao dinheiro do que a qualquer outra coisa.
Vaidade, há também quem diga que ser vaidoso é cuidar de si, é estar bem. Sim, é de pleno acordo se cuidar e querer estar apresentável e bonito. O problema também está na vaidade extrema, aquela que te faz perder muitas vezes a saúde, te afasta dos amigos e família em nome da vaidade.
Há também as pessoas extremamente apegadas a pessoas, acabando não tendo autonomia, não vivendo e não deixando o outro utilizar-se do livre arbítrio. 
Também existe o apego ao passado e ao presente, "por que eu não fiz tal coisa?" "porque se eu tivesse feito tal coisa hoje seria diferente" e há aqueles que pensam demais no futuro e acabam perdendo de viver o hoje. O passado já se foi e deles só tiramos lições, nada mais que isso. O futuro a Deus pertence. Vivamos o hoje.

Desapegar de tudo? Não! Não chegamos ainda (a maioria) ao nível de Francisco de Assis, por exemplo, de não sermos apegados materialmente as coisas efêmeras. Porém podemos nos despojar do excesso, do apego extremo, da posse sobre pessoas, do egoísmo, da vaidade, do passado, do presente.
Podemos ter apego sim, amar nosso semelhante, mas nunca em excesso ao ponto de cultivar sentimentos como ciúmes, egoísmo, tristeza, ódio e etc.

Somos seres evolutivos e não revolutivos. Não será da noite para o dia que iremos nos desapegar de tudo, mas podemos no nosso dia-a-dia ir nos melhorando, degrau por degrau. Todos somos falhos, todos temos vicissitudes mas podemos corrigi-las aos poucos e nos esforçar para um dia chegarmos a perfeição moral!










A codificação Espírita compreende as seguintes obras, obedecendo à ordem de publicação:

- O Livro dos Espíritos ( 18 de abril 1857)
- O Livro dos Médiuns (janeiro de 1861)
- O Evangelho Segundo o Espiritismo (abril de 1864)
- O Céu e o Inferno (agosto de 1865)
- A Gênese (janeiro de 1868)


Estas obras formam o Pentateuco Espírita, extremamente importantes para a compreensão da Doutrina.Falaremos um pouco sobre sobre cada uma das obras.


O Livro dos Espíritos 



Trata dos princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade - Folha de Rosto. O livro dos Espíritos.

A 1ª edição com 501 questões contém o ensino dado pelos Espíritos, liderados pelo Espírito da Verdade.
Já a segunda edição contém 1019 questões.
Dividida em:
Introdução: 17 itens 
Prolegômenos (o mesmo de Prefácio): Mostra a maneira que foi revelada a Doutrina, a autoria e finalidade do livro.
Corpo da Obra: Divido em 4 partes.
Conclusão: 9 itens, na qual o Codificador mostra as consequências futuras dos atos da nossa vida presente e, retomando os conceitos básicos da Doutrina Espírita.

Autoria total aos Espíritos, única coisa atribuída à Allan Kardec foi a organização da obra material.



O Livro dos Médiuns




Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que podem encontrar na prática do Espiritismo - Folha de Rosto. O livro dos Médiuns

Organizadas em duas partes, constituindo-se a primeira das noções preliminares, em quatro capítulos, enquanto que a segunda enfeixa, em trinta e dois capítulos as manifestações espíritas.
Além dos ensinamentos de técnica Kardec fala da responsabilidade que o Médium (ou Medianeiro) deve ter.

O Evangelho Segundo o Espiritismo



Oferece a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida - Folha de Rosto. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Sua primeira edição foi intitulado "Imitação do Evangelho Segundo o Espiritismo", já na segunda edição com o nome atual. 
Contém:
Índice de referencias bíblicas;
Prefácio;

Introdução: 4 itens
Corpo da obra: Vinte e oito capítulos.

Faculta a compreensão do verdadeiro sentido dos pontos inininteligíveis dos Evangelhos, da Bíblia e dos autores sacros, permite que se rasguem horizontes novos para o futuro, ao mesmo tempo que faculta a projeção de luz não menos viva sobre os mistérios do passado.

O Céu e o Inferno




Apresenta um [...] exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., e exemplos sobre as diferentes situações nos Espíritos desencarnados. - Folha de Rosto. O céu e o inferno.

A primeira parte desta obra, Doutrina, contém o exame comparado das diversas crenças sobre o céu e o inferno, os anjos e demônios, penas e recompensas futuras. A segunda parte encerra com numerosos exemplos de espíritos ao desencarnar e qual é a visão da Doutrina Espírita à respeito do Céu e o Inferno.

A Gênese


Consta que a Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza - Folha de Rosto. A gênese.

Este livro fecha o ciclo das obras da Codificação Espírita. O objeto dessa obra é, conforme o título o estudo de três pontos: a gênese (Capítulo I ao XII), os milagres (capítulo XII ao XV) e as predições (capítulo XVI ao XVIII).
Esta obra embora escrita muito antes de sua publicação em 1868, só veio a público quando as pessoas já compreendiam a Doutrina. Trata-se de uma obra de seríssimo caráter cientifico.



***

Mais uma vez frisamos o estudo dessas obras, em grupo principalmente, para maior entendimento. É de extrema importância conhecer a Codificação, pois assim saberemos tirar dúvidas, ter maior conhecimento intelectual, e saber discernir o que é espírita e o que é espiritualista.


Outras obras de Kardec, como "O que é espiritismo?" e "Obras Póstumas" não entram na codificação, porém são também de suma importância.



Fonte: Livro Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (Programa Fundamental Tomo I) Roteiro 4 - p.79 à 84   
Editora: FEB





O número de simpatizantes da Doutrina Espírita vem crescendo a cada dia. Pessoas que são de diversas crenças acabam procurando no Espiritismo respostas para suas dúvidas, principalmente após a morte de um ente querido. Porém muitos tem medo e até receio de se envolver e acabar se tornando Espírita.
É normal, pois muitos pessoas que não tem conhecimento da Doutrina possuem um pré julgamento, aquele implantado pela sociedade e por outras religiões.

***

Muitos nos perguntam o que fazer, falam "quero conhecer o Espiritismo mas tenho medo de ir ao Centro Espírita" "Lá tem mesa branca?" "Não quero ver espíritos"" "Vou estar pecando não seguindo minha crença?."
Vamos lá vou responder cada quesito.

Não é necessário ir ao Centro Espírita se você não se sente bem ou acha que isso vai acabar te trazendo algum incomodo, porém ir e ver realmente como é, é ideal para conhecer o que é feito e como funciona. Contudo é necessário entender que existem centros espíritas e centros espíritas, muitos centros por aí se intitulam Espíritas e não o são. 
Outra coisa muito difundida por aí é se dizer ''mesa branca". Gente isso não existe!! A mesa existe em qualquer centro, pode ser azul, vermelha, amarela, preta que nada muda! A mesa é apenas um local para os médiuns se reunirem em sessões mediúnicas (da qual falaremos em breve aqui) ou durante a palestra no centro, não existe nenhum ritual ou simbolismo na Doutrina Espírita.

Outro ponto que sempre nos falam é o medo de "ver espíritos", entendam também que muitos de nós espíritas assíduos na casa espírita nunca vimos e nem vemos espíritos. A mediunidade ostensiva (falaremos em breve) é descoberta aos poucos ou não, e não é preciso estar na casa espírita para ''ver espíritos", lá você pode sentir um sentimento bom, mas ver espíritos é bem improvável!

***

Então vamos lá, o que indico a vocês simpatizantes é que não comecem por romances espíritas, muitas vezes alguns (não todos) fogem do que a Doutrina ensina. O ideal é começar pela obra base: O livro dos Espíritos - Allan Kardec***. Após o estudo desse é bom estudar as obras de Kardec.

Lembre-nos: Espíritas modernos, devem ser ESCLARECIDOS. O estudo é o caminho. Aconselho a vocês a procurar uma casa espírita e frequentar palestras, conversar com espíritas (estamos aqui pra isso também, para tirar suas dúvidas e se preciso ir atrás das respostas pra vocês).


Não tenham medo, a Doutrina Espírita é maravilhosa e esclarecedora. 


Muita Luz.




*** A FEB (Federação Espírita Brasileira) disponibiliza O livro dos Espíritos em PDF, caso não queira ou não possa comprar o livro: Clique aqui









     "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estarei eu no meio deles."
Mateus 18:20



Finalidades

1- Estudar o Evangelho à Luz da Doutrina Espírita, a qual possibilita compreendê-lo em "Espírito e Verdade", facilitando assim, pautar nossas vidas segundo a vontade do Mestre.

2- Tornar o Evangelho melhor compreendido, sentido e exemplificado, no Lar e em todos os ambientes.

3- Higienizar o lar pelos nossos pensamentos e sentimento elevado permitindo assim, mais fácil influência dos Mensageiros do Bem.

4- Ampliar o conhecimento liberal e espiritual do Evangelho, para oferecê-lo com maior segurança as outras criaturas.


Roteiro para realização

Escolher dia e uma hora da semana (do qual será feito semanalmente) e convidar a família, se não puderem ou quiserem faze-lo sozinho.

Deixar uma jarra com água para ser fluidificada. 

Fazer uma prece simples e espontânea, sem nada solene ou frases decoradas.

Leitura de O Evangelho Segundo o Espiritismo. 

Comentários sobre o texto lido: Devem ser breves, com participação de todos presentes.

4º Fazer vibrações: Pela fraternidade, paz, equilíbrio da humanidade. Pela saúde dos enfermos, por nossos familiares e amigos.
Pelo reerguimento dos decaídos, pela reabilitação dos presidiários, por todos os trabalhadores do bem.
Pela harmonia dos lares, pela iluminação dos Espíritos sofredores, pelo desenvolvimento espiritual da juventude.
Pela confraternização com nossos desafetos, pela proteção dos idosos e crianças abandonadas e por nós mesmo.

5º Segundos de silêncio: Em nossos pensamentos conversar com Jesus, pedindo luz e orientação. (Depois em voz normal.)

6º Prece de Encerramento.
 Beber a água fluida.


OBS: Jamais fazer do Evangelho no Lar uma reunião mediúnica, reuniões solenes ou etc.


Perguntas frequentes:

 Se chegar alguém durante o Evangelho do Lar?
R: Convidar o visitante para faze-lo, caso não quiser terminar o Evangelho primeiro.

Qual é o tempo de duração?
R: de 15 à 30 minutos.

Se não puder fazer no dia e hora disposto?
R: Em caso de força maior, fazer o Evangelho em horário/dia antes ou depois.
Porém em casos fúteis (como preguiça) e compromissos que podem ser desmarcados é inadmissível, pois é um compromisso marcado com a espiritualidade e do qual devemos ter disciplina.


Fonte: Folheto G.E "Os Mensageiros"


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